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- Legislação [Lei Nº 387 de 16 de Março de 2007]
Lei nº 387, de 16 de março de 2007
Dispõe sobre a criação do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação-Conselho do FUNDEB e dá outras providências.
O Prefeito Municipal de Uruburetama, José Giuvan Pires Nunes, no uso de suas atribuições legais, nos termos do artigo 57 da Lei Orgânica do Município de Uruburetama, considerando o disposto no art. 24, § 1 ° da Medida Provisória nº 339, de 28 de dezembro de 2006.
Faz saber que a Câmara Municipal de Uruburetama-CE, aprovou a seguinte Lei:
Das Disposições Preliminares
Da composição
O Conselho a que se refere o art. 1° é constituído por 14(quatorze) membros titu lares, acompanhados de seus respectivos suplentes, conforme representação e indicação a seguir discriminados:
um representante da Secretaria Municipal de Educação, indicado pelo Poder Executivo Municipal;
um representante dos professores das escolas públicas municipais;
um representante dos diretores das escolas públicas municipais;
um representante dos servidores técnico-administrativos das escolas públicas municipais;
dois representantes dos pais de alunos das escolas públicas municipais;
dois representantes dos estudantes da educação básica pública;
um representante do Conselho Municipal de Educação;
um representante do Conselho Tutelar;
um representante da Secretaria de saúde;
um representante da Secretaria de Ação social:
um representante de Associação de moradores;
um representante do Conselho da criança e do adolescente.
Os membros de que tratam os incisos 11, III, IV, V e VI deste artigo serão indicados pelas respectivas representações, após processo eletivo organizado para escolha dos indicados, pelos respectivos pares.
A indicação referida no art. 1 º, caput, deverá ocorrer em até vinte dias antes do término do mandato dos conselheiros anteriores, para a nomeação dos conselheiros.
Os conselheiros de que trata o caput deste artigo deverão guardar víncu lo formal com os segmentos que representam, devendo esta condição constituir-se corno pré-requisito à participação no processo e letivo previsto no§ 1º.
Os representantes, titular e suplente, dos diretores das escolas públicas municipais deverão ser diretores eleitos por suas respectivas comunidades escolares.
São impedidos de integrar o Conselho do FUNDEB:
cônjuge e parentes consangüíneos ou afins, até terceiro grau, do Prefeito e do Vice-Prefeito, e dos Secretários Municipais;
tesoureiro, contador ou funcionário de empresa de assessoria ou consultoria que prestem serviços relacionados à administração ou controle interno dos recursos do Fundo, bem como cônjuges, parentes consangüíneos ou afins, até terceiro grau, desses profissionais;
estudantes que não sejam emancipados;
e pais de alunos que:
exerçam cargos ou funções públicas de livre nomeação e exoneração no âmbito do Poder Executivo Municipal; ou
prestem serviços terceirizados ao Poder Executivo Municipal.
O suplente substituirá o titular do Conselho do FUNDES nos casos de afastamentos temporários ou eventuais deste, e assumirá sua vaga nas hipóteses de afastamento definitivo decorrente de:
desligamento por motivos particulares;
rompimento do vínculo de que trata o § 3°, do art. 2°; e
situação de impedimento previsto no§ 6°, incorrida pelo titular no decorrer de seu mandato.
Na hipótese em que o suplente incorrer na situação de afastamento definitivo descrita no art. 3°, o estabelecimento ou segmento responsável pela indicação deverá indicar novo suplente.
Na hipótese em que o titular e o suplente incorram simultaneamente na situação de afastamento definitivo descrita no art. 3°, a instituição ou segmento responsável pela indicação deverá indicar novo titular e novo suplente para o Conselho do FUNDES.
Das Competências do Conselho do FUNDEB
Compete ao Conselho do FUNDES:
acompanhar e controlar a repartição, transferência e aplicação dos recursos do Fundo;
supervisionar a realização do Censo Escolar e a elaboração da proposta orçamentária anual do Poder Executivo Municipal, com o objetivo de concorrer para o regular e tempestivo tratamento e encaminhamento dos dados estatísticos e financeiros que alicerçam a operacionalização do FUNDEB;
examinar os registros contábeis e demonstrativos gerenciais mensais e atualizados relativos aos recursos repassados ou retidos à conta do Fundo;
emitir parecer sobre as prestações de contas dos recursos do Fundo, que deverão ser disponibilizadas mensalmente pelo Poder Executivo Municipal; e
outras atribuições que legislação específica eventualmente estabeleça;
O parecer de que trata o inciso LV deste artigo deverá ser apresentado ao Poder Executivo Municipal em até trinta dias antes do vencimento do prazo para a apresentação da prestação de contas junto ao Tribunal de Contas dos Municípios.
Das Disposições Finais
O Conselho do FUNDES terá um Presidente e um Vice-Presidente, que serão eleitos pelos conselheiros.
Está impedido de ocupar a Presidência o conselheiro designado nos termos do art. 2°, 1 desta lei.
Na hipótese em que o membro que ocupa a função de Presidente do Conselho do FUNDES incorrer na situação de afastamento definitivo prevista no art. 3°, a Presidência será ocupada pelo Vice-Presidente.
No prazo máximo de 30 (trinta) dias após a instalação do Conselho do FUNDES, deverá ser aprovado o Regimento Interno que viabilize seu funcionamento.
As reuniões ordinárias do Conselho do FUNDEB serão realizadas mensa lmente, com a presença da maioria de seus membros, e, extraordinariamente, quando convocados pelo Presidente ou mediante solicitação por escrito de pelo menos um terço dos membros efetivos.
As deliberações serão tomadas pe la maioria dos membros presentes, cabendo ao Presidente o voto de qua lidade, nos casos em que o j ulgamento depender de desempate.
O Conselho do FUNDEB atuará com autonomia em suas decisões, sem vinculação ou subordinação institucional ao Poder Executivo Municipal.
A atuação dos membros do Conselho do FUNDES:
não será remunerada;
é considerada atividade de relevante interesse social;
assegura isenção da obrigatoriedade de testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício de suas atividades de conselheiro, e sobre as pessoas que lhes confiarem ou deles receberem informações; e
veda, quando os conselheiros forem representantes de professores e diretores ou de servidores das escolas públicas, no curso do mandato:
exoneração de ofício ou demissão do cargo ou emprego sem justa causa, ou transferência involuntária do estabelecimento de ensino em que atuam;
atribuição de falta injustificada ao serviço, em função das atividades do conselho; e
afastamento involuntário e injustificado da condição de conselheiro antes do término do mandato para o qual tenha sido designado.
O Conselho do FUNDEB não contará com estrutura administrativa própria, devendo o Município garantir infraestrutura e condições materiais adequadas à execução plena das competências do Conselho e oferecer ao Ministério da Educação os dados cadastrais relativos a sua criação e composição.
A Prefeitura Municipal deverá ceder ao Conselho do FUNDES um servidor do quadro efetivo municipal para atuar como Secretário Executivo do Conselho.
O Conselho do FUNDES poderá, sempre que julgar conveniente:
apresentar, ao Poder Legislativo local e aos órgãos de controle interno e externo manifestação formal acerca dos registros contábeis e dos demonstrativos gerencia is do Fundo; e
por decisão da maioria de seus membros, convocar o Secretário Municipal de Educação, ou servidor equivalente, para prestar esclarecimentos acerca do fluxo de recursos e a execução das despesas do Fundo, devendo a autoridade convocada apresentar-se em prazo não superior a trinta dias.
Durante o prazo previsto no § 2° do art. 2°, os novos membros deverão se reunir com os membros do Conselho do FUNDES, cujo mandato está se encerrando, para transferência de documentos e informações de interesse do Conselho.